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Bradesco tem lucro de R$ 7,6 bi entre janeiro e junho de 2020

Publicado em Bradesco Quinta, 30 Julho 2020 22:18

 

Mais um banco lucrou muito no primeiro semestre de 2020; trata-se do Bradesco, que apesar de uma queda de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior, apresentou lucro de R$ 7,626 bilhões apenas nos seis primeiros meses do ano.

 

Quando comparado com o trimestre anterior, percebe-se que houve crescimento de 3,2%. Ainda assim, as expectativas de lucro foram abaixo do esperado por conta do aumento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que é a despesa feita pelos bancos para cobrir possíveis calotes. Por conta da crise do coronavírus, o banco aumentou essa provisão em R$ 3,8 bilhões.

 

Apesar do lucro, nos últimos 12 meses a instituição extinguiu 2.411 postos de trabalho e fechou 414 agências. Entre abril e junho deste ano, já durante a pandemia, 447 postos e 223 agências foram fechados.

 

O banco também divulgou outros números; nos últimos 12 meses, as despesas com pessoal caíram em 4,6% (incluindo a PLR). De acordo com o relatório, esse resultado das despesas de pessoal reflete “benefícios com o plano de desligamento voluntário (PDV) de 2019”, e, no trimestre, à queda na despesa com PLR, em função da queda no lucro. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco, no período, foi de 127,1%.

 

Já a receita com prestação de serviços e tarifas bancárias (também nos últimos 12 meses) foi de R$ 12,9 bilhões, enquanto o retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 11,8%, com redução de 8,8 p.p. em doze meses. De acordo com o relatório do banco, as reduções do lucro líquido no período estão relacionadas, principalmente, às maiores despesas com PDD, que foram impactadas pelo reforço de provisão de R$ 3,8 bilhões, em consequência do cenário econômico adverso (de isolamento social em função da pandemia do COVID-19).

 

Algo que impactou consideravelmente nos resultados foi a conta de impostos e contribuições. A despesa saltou de R$ 3,8 bilhões para uma receita de R$ 16,7 bilhões. A responsável por essa reversão de resultados foi a entrada de créditos tributários, revertendo o resultado negativo antes dos impostos, de R$ 9,7 bilhões.

 

A carteira de crédito expandida do banco apresentou alta de 14,9% em doze meses e 0,9% no trimestre, atingindo R$ 661,1 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 12,3% em doze meses, chegando a R$ 236,0 bilhões. Os destaques foram o crédito pessoal com elevação de 22,1%, financiamento imobiliário alta de 18,8%, o crédito rural em alta de 18,0% e o crédito consignado elevação de 14,2%.

 

Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 425,1 bilhões, com crescimento de 16,4% em doze meses. O segmento de grandes empresas cresceu 18,2%, enquanto a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas, cresceu 11,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias caiu 0,2 ponto percentual em doze meses e ficou em 3,0%. As despesas com devedores duvidosos (PDD), por sua vez, subiram 46,6%, totalizando R$ 15,5 bilhões, em função da perspectiva do banco frente ao cenário econômico atual.