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Bancários querem 5% de aumento real

Publicado em Notícias Domingo, 31 Julho 2011 21:00
Conferência Nacional da categoria, concluída neste domingo, definiu também as reivindicações de reposição da inflação (estimada em 7,5%) e PLR de três salários mais R$ 4.500 fixos.
Reajuste salarial de 12,8% (5% de aumento real mais 7,5% de reposição da inflação estimada), PLR de três salários mais R$ 4.500 fixos, piso salarial de R$ 2.293,31 (equivalente ao salário mínimo do Dieese) emprego decente e combate às metas abusivas e ao assédio moral. Essas são algumas das reivindicações da Campanha Salarial 2011 dos bancários, aprovadas neste domingo, 31 de julho, durante a plenária final da 13ª Conferência Nacional da categoria. O encontro reuniu em São Paulo 695 bancários de todo o Brasil, incluindo 10 de Niterói e Região. A pauta de reivindicações deve ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto. A 13ª Conferência, que começou na sexta-feira 29, foi o ponto culminante de um processo de discussão democrática com a categoria em todo o país, que passou por assembleias, consultas dos sindicatos junto às suas bases, pesquisa nacional, encontros estaduais e conferências regionais. A Conferência dos estados do Rio e Espírito Santo aconteceu dia 16 de julho, em Niterói (leia mais aqui). > Curta a amizade do Sindicato no Facebook. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. Os bancários também definiram apoio total ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que revoga as resoluções do Banco Central que ampliaram o escopo de atuação dos correspondentes bancários, bem como reivindicar do governo a convocação de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro. Decidiram ainda intensificar a campanha pela inclusão bancária, que assegure prestação de todos os serviços financeiros a toda a população, realizada em agências e PABs por profissionais bancários de forma a garantir atendimento de qualidade, respeitando as normas de segurança e protegendo o sigilo bancário. Confira os principais itens da pauta de reivindicação Reajuste Salarial: 12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%) PLR: três salários mais R$ 4.500 Piso: salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51) Vales Alimentação e Refeição: Salário Mínimo Nacional (R$ 545) Plano de Cargos, Carreiras e Salários: Para todos os bancários Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós Emprego: ampliação das contratações, inclusão bancária, combate às terceirizações e à rotatividade por meio da qual os bancos aumentam seus ganhos com a redução dos salários, além da aprovação da convenção 158 da OIT Outras: Cumprimento da jornada de 6 horas; Fim das metas abusivas; Fim do assédio moral e da violência organizacional; Mais segurança nas agências e departamento; Previdência complementar para todos os trabalhadores; Contratação da remuneração total; Igualdade de oportunidades "Queremos emprego e remuneração decente" "Estamos iniciando uma grande campanha nacional pelo emprego decente, contra a violência do assédio moral e contra a pressão pelo cumprimento de metas abusivas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). "Exigimos ainda aumento do número de bancários nas agências e remuneração decente. Altos executivos ganham até 400 vezes mais do que o salário do bancário. Precisamos acabar com essa indecência." Carlos Cordeiro também considera importante a carta, aprovada por unanimidade pela Conferência, que será enviada à presidenta Dilma Rousseff, pedindo a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dificulta a demissão injustificada. "Queremos emprego com estabilidade, com segurança. Vamos denunciar a rotatividade promovida pelos bancos, como forma de aumentar a rentabilidade. Desde já estamos conclamando todos os bancários do país a fazer uma grande mobilização nacional para que tenhamos a melhor Campanha Nacional que já fizemos", acrescenta o presidente da Contraf-CUT. Em relação ao sistema financeiro, Carlos Cordeiro avalia como fundamental a decisão aprovada pela 13ª Conferência Nacional de fazer "uma grande mobilização, levando o debate para toda a sociedade sobre o papel dos bancos no desenvolvimento econômico do país. Precisamos de um outro sistema financeiro". Fortalecimento da unidade "Como em anos anteriores, o formato de debates realizados pelas federações e sindicatos por todo o Brasil, que envolveram milhares de trabalhadores bancários, fez com que a conferência fosse coroada de êxito, uma vez que refletiu um pensamento que foi sendo cristalizado através de um debate democrático e amplo", avalia Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT. "O resultado da conferência é o fortalecimento da unidade e a reafirmação do desejo de vitórias e conquistas dos bancários de todo o Brasil." Para Marcel, além as reivindicações sobre remuneração, emprego e saúde, um item fundamental da pauta aprovada é o apoio ao PDL 214/2011, que revoga as recentes resoluções do Banco Central sobre o funcionamento dos correspondentes bancários. "Discussão feita em todos os sotaques do Brasil" "A Conferência foi um sucesso. As correntes políticas apresentaram suas propostas para os delegados do país inteiro, avaliando e escolhendo as pautas mais representativas. A pauta de reivindicações foi discutida neste domingo em todos os sotaques do Brasil", destaca o Secretário de Finanças da Contraf-CUT, Roberto von der Osten (Betão). Os delegados participaram de diversos painéis temáticos que enriqueceram a discussão da categoria. Segundo Betão, os debates sobre emprego decente foram bastante intensos durante toda a Conferência. "Além disso, conseguimos encontrar os eixos que vão nortear nossa Campanha Nacional 2011", afirma o dirigente. Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários, com BancariosNit Foto: Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos Bancários