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Lucro dos maiores bancos do Brasil é de R$ 108 bilhões em 2019

Publicado em Notícias Segunda, 10 Agosto 2020 15:27

 

As cinco principais instituições bancárias do Brasil (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander) lucraram juntos, apenas no ano passado (2019), R$ 108 bilhões, um aumento de mais de 30% nos 12 meses. Mas, apesar do balanço positivo, os bancos seguem com a política de demissões.

 

No mesmo período do alto faturamento, as instituições bancárias fecharam 11 mil postos de trabalho no mesmo período. As demissões só deram uma brecada neste ano por conta da pandemia e da atuação do movimento sindical.

 

"Embora o setor bancário seja o mais rentável da economia dão um péssimo exemplo para o país e demitem seus trabalhadores. O movimento sindical bancário conseguiu conquistar, no início da pandemia, a interrupção das demissões nos bancos. Com isso houve uma redução de 58% dos desligamentos em abril e maio, em relação ao primeiro trimestre do ano. Mas as demissões devem aumentar nos próximos meses", acredita Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

 

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de, aproximadamente, R$ 26,6 bilhões. Já o Bradesco registrou um lucro líquido R$ 22,6 bilhões, um aumento de 173,8% entre 2019 e 2018. O Santander, nesse mesmo período, teve um lucro de R$ 14,181 bilhões, alta de 16,6% em comparação a 2018.

 

Entre os bancos públicos, a Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido contábil de R$ 21,1 bilhões em 2019, 103% maior do que o resultado apresentado no ano anterior. No Banco do Brasil, o lucro foi de R$ 18,16 bilhões em 2019.

 

Durante as negociações, o Comando Nacional dos Bancários tem como desafio a manutenção dos empregos, a despeito do crescente investimento nas novas tecnologias como estratégia de redução de custos fixos (despesas de pessoal e despesas administrativas). Também deve ser tendência a intensificação da digitalização e do home office. 

 

Vale lembrar que os três maiores bancos privados (Bradesco, Itau e Santander) se comprometeram a não demitir durante a pandemia, mas duas dessas instituições já descumpriram o acordo. O Santander já demitiu mais de 700 bancários em todo o Brasil. Na cidade do Rio de Janeiro, o Sindicato tem recebido várias denúncias de demissões no Bradesco e que esses desligamentos estão ligados com a proposta de fechamento de mais de 400 agências e departamentos em todo o país.