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Federa-RJ promove atividade de formação para mulheres dirigentes ou militantes bancárias

Publicado em Notícias Quinta, 23 Março 2023 16:22

 

A primeira atividade organizada pela Federa-RJ, como parte de um programa de formação voltado para mulheres dirigentes ou militantes bancárias foi realizada nesta quarta-feira (22).



Durante o encontro, a economista do Dieese, Rosângela Vieira, apresentou uma série de dados da participação das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o documento, ainda existe muita descriminação. Além das mulheres receberem salário 22% inferior aos homens, ocupam menos cargos de poder.



As bancárias também enfrentam outro sério desafio: o assédio moral e sexual. Em 2022, foram registrados 77.547 casos de assédio sexual no local de trabalho, segundo dados do Dieese.



A dirigente da Federa-RJ, Paula Rodrigues, relatou como esses ataques e as discriminações se dão na prática, trazendo para o debate exemplos de bancárias que foram expostas a situações inaceitáveis.



Entre os casos relatados está o de uma grávida que foi ignorada em uma dinâmica no banco e o de uma bancária negra que foi barrada na porta giratória da agência e teve sua bolsa revistada.

 

A dirigente também descreveu situações rotineiras: bancárias que são desrespeitadas por clientes e gestores com nível de agressividade muito maior do que com os homens e funcionárias consideradas bonitas que são alvo de comentários machistas.

 

A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, mediadora do debate, destacou que a categoria bancária tem garantido avanços importantes. Foi a primeira a colocar uma cláusula contra a violência na convenção de trabalho. Porém, muita coisa ainda precisa ser feita.



"Com a luta, já tivemos conquistas e a mudança do governo é um fator nos traz esperança. No Banco do Brasil, por exemplo, o percentual de mulheres em cargo de liderança passou de 5% para 40% agora na gestão de Tarciana Medeiros, no governo Lula. Mas temos que avançar nessa luta. Na Federa, queremos ajudar a formar lideranças femininas porque as mulheres precisam ocupar mais os espaços de poder para. Só assim teremos mais vozes contra o assédio, por mais direitos e mais emprego", afirmou Adriana.

 

*Com informações da Federa-RJ