Quando todo mundo estava surpreso com o recorde de lucro do Bradesco, que dia 6 tinha anunciado o até então maior lucro registrado por uma instituição financeira do Brasil nos últimos 20 anos, vem o Itaú no dia seguinte e divulga um lucro ainda maior. O do Bradesco foi R$ 4.007 bilhões, 27,9% a mais que no mesmo período do ano passado. O do Itaú foi R$ 4,016 bilhões, 35% a mais que no primeiro semestre do ano passado. Por isso o Sindicato vai reforçar, nesta campanha, a exigência de Participação nos Lucros e Resultados. “Os bancos têm plenas condições de pagar os dois salários mais R$ 3.500 que reivindicamos”, disse Jorge Antônio, presidente do Sindicato. “A primeira atitude do Itaú após divulgar o lucro recorde foi agradecer aos milhares de profissionais competentes, através do ‘Bom Dia Itaú’. Esperamos que a PLR seja tão grande quanto o agradecimento, disse Miro Baptista, sindicalista do Itaú. Além de Itaú e Bradesco, os lucros aumentam em todos os bancos. Confira os resultados líquidos do primeiro trimestre: BB: R$ 1,4 bilhão; Caixa Econômica: R$ 777 milhões; ABN Real: R$ 622 milhões; Unibanco: R$ 581 milhões; Santander: R$ 559 milhões. Esses resultados só são possíveis devido ao seu trabalho, o que justifica uma boa melhoria na PLR paga. Antecipação O Unibanco foi o primeiro a antecipar o pagamento da PLR este ano, uma reivindicação do Sindicato que precisa ser estendida a todos os bancos. Os funcionários do Unibanco receberão no dia 30 de agosto 40% da PLR mais R$ 414 fixos. Além disso, o Unibanco também anunciou que pagará o Programa de Remuneração do Unibanco (PRU), mas somente para os funcionários que tiveram conceito A no primeiro semestre, o que significa cerca de apenas 20% do quadro funcional. “É muito dinheiro para pouca gente”, observou o sindicalista Moisés Pereira. Ele explica que o banco precisa reconhecer que o trabalho de todos é importante, universalizando a PRU.