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Sindicato paralisa Itaú Niterói

Publicado em Notícias Terça, 19 Abril 2011 21:00
Agência ficou fechada até meio-dia em protesto contra o banco ter descumprido o prazo para resolver uma série de reinvindicações que já haviam motivado outra paralisação.
A agência do Itaú na Avenida Amaral Peixoto, Centro de Niterói, foi paralisada ontem pelo Sindicato até o meio-dia desta terça-feira, 19 de abril. A manifestação, que também fez parte do Dia Nacional de Lutas Contra as Demissões no Itaú, foi um protesto contra o banco ter descumprido o prazo para resolver uma série de reinvindicações que já haviam motivado outra paralisação. Semana passada, as ações do Sindicato aconteceram na Região dos Lagos (leia mais aqui). Os protestos do Sindicato já vêm dando resultado. Semana passada os gerentes operacionais do Itaú receberam um comunicado informando que estão proibidos de abrir as agências fora do horário do expediente. Essa é a irregularidade que vinha gerando quase todos os outros problemas apontados pelo Sindicato, todos relacionados à exploração dos bancários. Mas há outros problemas que o banco continua sem querer resolver. > Curta a amizade do Sindicato no Facebook. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. A paralisação desta terça-feira também denunciou à população as demissões que vêm ocorrendo no banco e o desrespeito frente ao reajuste unilateral de até 24,61% no plano de saúde. A mobilização foi o início de uma campanha nacional pela garantia de emprego e direitos a todos os bancários. Houve manifestações em todo o País, no momento em que o Itaú ainda comemora o lucro recorde de R$ 13,3 bilhões em 2010, o maior da história dos bancos brasileiros. > Clique aqui para acessar o Jornal da Contraf-CUT, Especial Itaú Unibanco A eliminação dos empregos, que gera sobrecarga de trabalho tanto quanto a abertura antecipada das agências, deixa clara a quebra do compromisso assumido de que não haveria demissões no processo de fusão do Itaú com o Unibanco. Diferentemente do que afirma a diretoria do Itaú, até mesmo bancários premiados no programa Agir perderam seus empregos. Os bancários também cobram do banco uma mudança de postura no caso do plano de saúde. Além de reajustar o convênio médico unilateralmente em até 24,61% na folha de pagamento de março, sem nenhuma comunicação prévia aos trabalhadores, o banco desmarcou em cima da hora, na semana passada, uma negociação agendada com a representação dos bancários para discutir o tema. Na primeira reunião, a empresa apresentou dados superficiais, insuficientes para uma avaliação da situação financeira do plano de saúde. Veja a lista das principais reivindicações do Sindicato ao Itaú, que não foram cumpridas dentro do prazo estabelecido em Niterói e Região: 1) Horário de abertura anterior ao previsto em lei. O banco finalmente (mas depois do prazo que havia prometido) enviou comunicado aos gerentes proibindo a abertura antecipada. 2) Desvio de função do gerente operacional e do tesoureiro, que ficam atuando como caixas (o prazo para eliminar esse desvio vencerá dia 23 de abril). 3) Desvio de função dos caixas (venda de produtos e indicação de abertura de contas). 4) Horário de pausa para o lanche e almoço desrespeitado. 5) Funcionários de seis horas diárias com extenção da jornada para oito horas sem horário de almoço. 6) Assedio Moral dos GSOAS (superiores hierárquicos de gerentes operacionais). 7) Férias impostas sem negociação com o funcionário. 8) Aumento significativo de pedidos de demissão. 9) Telefone 0800 inoperante no departamento de Recursos Humanos. 10) Nova conta de FGTS para os funcionários do antigo Unibanco. 11) Taxa de juros exorbitante no cartão de crédito. 12) Exposição constrangedora dos funcionários quanto ao cumprimentos de metas (quadros nas agências).