Domingo, 05 Maio 2024

Facebook

Pelo fim do assédio moral no Santander

Publicado em Notícias Quinta, 26 Maio 2011 21:00
O Sindicato participou de uma reunião em São Paulo para exigir o fim das péssimas condições de trabalho derivadas da falta de funcionários e do assédio moral.
O Sindicato participou de uma reunião com a direção do Santander, em São Paulo, para exigir o fim das péssimas condições de trabalho nas agências. Foram tratados diversos assuntos que giram em torno de dois temas principais: falta de funcionários e assédio moral. A direção do Santander vai analisar as reivindicações e responderá na próxima reunião, na segunda quinzena de junho. "Hoje o Santander é sem dúvida o pior banco para se trabalhar, com incontáveis mazelas", disse o diretor do Sindicato Maurício Dutra Villar, que na reunião cobrou o fim das reuniões diárias para cobrança de metas e o fim das metas para a área operacional. > Curta a amizade do Sindicato no Facebook. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. Na reunião, Maurício lembrou também do desvio de função quando coordenadores e gerentes operacionais atendem no caixa. A direção do banco já havia garantido em outras oportunidades que os caixas não devem ter metas para venda de produtos. “As metas da área operacional continuam sendo impostas e por sua vez passadas aos caixas, estagiários, coordenadores e gás”, afirmou Maurício. A reunião aconteceu segunda-feira, 23 de maio. Os sindicalistas insistiram na importância de mais agilidade por parte do banco no programa de mobilidade interna, que foi implantado após pressão dos trabalhadores e tem como objetivo evitar demissões e incentivar a realocação de funcionários. São medidas que precisa ser adotadas com urgência, a situação nas agências é dramática em alguns casos. “Queremos que seja feita uma orientação por escrito para a rede, pois esse tema já vem sendo debatido há anos e persiste em muitas agências”, observou Marcelo Sá, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander. Foi também cobrado o fim do trabalho de prospecção de clientes em universidades após a jornada. Assédio moral pode ser denunciado para solução em 60 dias No combate ao assédio moral nas agências, os bancários do Santander e de todos os outros bancos em Niterói e Região têm agora um canal exclusivo para denúncias em sigilo e absoluta segurança, no próprio site do Sindicato. Basta clicar em "Denuncie assédio moral", no menu principal do site (canto superior à esquerda) e preencher o formulário que vai aparecer. O sigilo da identificação tem garantia total do Sindicato, para proteger o bancário e evitar represálias. O novo meio de contato facilita todo o procedimento para que os bancários possam garantir as conquistas do novo acordo contra assédio moral, aprovado em assembleia no dia 16 de março (leia mais aqui) e assinado com os bancos do Estado do Rio sete dias depois (veja aqui). A cláusula do assédio moral foi uma das grandes conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2010. O bancário que fizer sua denúncia com o formulário do site receberá por e-mail um número de protocolo para acompanhar a solução do caso, que terá um dossiê do processo. Em até cinco dias úteis, o Sindicato vai averiguar a procedência das informações, para não intermediar denúncias infundadas, e em até 10 dias vai apresentar o problema ao banco, sem identificação do bancário denunciante, através de e-mail do Sindicato específico para combate ao assédio moral. O banco denunciado terá 60 dias corridos, a contar do recebimento da denúncia, para concluir a investigação e dar uma resposta ao Sindicato, que comunicará o resultado ao bancário denunciante. Durante este período, está proibida a divulgação dos fatos. O sigilo sobre o nome dos envolvidos será mantido pelo Sindicato para sempre, evitando qualquer tipo de represália ou responsabilidade civil. As denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuarão sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa.